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terça-feira, 9 de novembro de 2010
reveladez
terça-feira, 2 de novembro de 2010
talvez não, mas...
outra, ela, alguém...
tudo besteira.
eu sou a pessoa
que eu esperei a vida inteira!
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
continuo contínuo.
só sei que vou
para onde meus sentimentos vão.
receio do recuo,
rever poeiras
faz mal à respiração.
verso bobo nº 9
assim,
se não chover
e você não tiver
nada melhor pra fazer,
poderia se casar comigo?
terça-feira, 14 de setembro de 2010
só aceito sonho
só sonho aceito
se não for assim
nada feito
se não for assim
nem me deito
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
na minha existência,
persisto.
se não der certo,
dexisto.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
aprender
preciso ser mais contido
conter o máximo
contar o mínimo.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
isso
não vou perder tempo
discutindo com quem
perderia tempo
discutindo isso.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
no ônibus, uma criança perguntou à mãe
se no rio havia tubarão.
ela respondeu:
- claro que não!
como assim, "claro que não"?
sábado, 24 de julho de 2010
moro sobre um par de tênis
no telhado, às vezes há um capuz
por baixo da camisa, tem uma janela
por onde às vezes entra luz
minha casa anda assim,
de pé em pé, nesse par
os dedos, sob um lençol de meia
sussurram: lar, doce lar.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
o mais longe que eu vou é sempre aqui mesmo.
domingo, 23 de maio de 2010
cerca de 45 segundos
protegem um jardim?
sábado, 15 de maio de 2010
quem não quer
só pra si
uma estrada
pra desabotoar?
quem não quer
um sapato
velho e batido
dentro do peito?
quarta-feira, 7 de abril de 2010
verso bobo nº8
a única coisa que eu espero de você
é que você me espere.
terça-feira, 30 de março de 2010
o passarinho quando pousa,
desmergulha do azul.
e, desafiando o céu, pia:
"não vou mais voltar".
domingo, 28 de março de 2010
preguiça
até a marca do meu corpo, no amassado do colchão, dorme tranquilamente neste domingo.
sábado, 13 de março de 2010
parece poesia, mas não é
tenho uma nuvem na minha sala.
(de vez em quando insetos se perdem dentro dela e morrem)
quarta-feira, 3 de março de 2010
o nome dela
a poesia mia.
quer rima no prato de comida.
não tem.
dou um versos tortos,
acumulados dentro de mim.
ela mastiga delicadamente...
domingo, 21 de fevereiro de 2010
conclusão de domingo
a palavra não define,
definha.
o silêncio substitui,
sublinha.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
o amor não é um objeto
de decoração.
o amor é um desobjeto
de coração.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
depois que chove
as cores ficam tão nítidas na paisagem.
é que a chuva é transparente
mas transparece o sonho de ter imagem.
domingo, 3 de janeiro de 2010
verso bobo nº7
na sua orelha esquerda
eu sopro frio.
da direita,
nasce um assobio.
verso bobo nº6
quando um sentimento
cresce, lento,
dentro do peito,
faz cócegas.
e a gente ri pra dentro,
para as estrelas do céu da boca.
gargalha com o coração.
verso bobo nº5
ah, se você soubesse,
o que eu nem sei.
ganhar um sentimento
é ser coroado,
sem ser rei.
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